A heroína é um pó geralmente de coloração escura ou marrom. O consumo endovenoso é comum no Ocidente e recentemente a introdução de heroína de alta qualidade por produtores colombianos resultou em uma explosão do consumo via aspiração (cheirada) e uma popularização da droga. A morfina é apresentada liquida ou liofilizada e geralmente em apresentação farmacêutica.
Como age
Opiáceos como a heroína e a morfina possuem estrutura química capaz de se ligar aos receptores de neurotransmissores denominados endorfinas, associados ao controle da dor, prazer, bem estar e relaxamento. Ao atingir o cérebro, tanto a heroína quanto a morfina deprimem os centros nervosos responsáveis pela dor e pela vigília, além das regiões que controlam a respiração, os batimentos do coração e a pressão do sangue. Estas drogas interferem no chamado limiar da dor, um limite físico que regula a interpretação dos sinais de dor que o cérebro recebe. Por isso são capazes de suprimir as sensações de dor sem neutralizar outras sensações. Daí seu uso como anestésico. Porém, como desenvolvem dependência com relativa velocidade, com pouco tempo de uso a situação se inverte para o usuário: o usuário passa a ter que usá-las para não sentir dor. Relatos de dependentes indicam dores extremas na abstinência dessas drogas, ao ponto de sentirem dores insuportáveis no interior dos ossos.
Efeitos físicos
Os usuários dessas drogas podem apresentar diversos problemas físicos, como surdez, cegueira, inflamação das válvulas cardíacas, coma e até mesmo a morte. Quando é consumida por meio injetável, causa necrose (morte dos tecidos) das veias. O corpo fica desregulado, deixando de produzir algumas substâncias e produzindo outras em excesso. O aparelho digestório fica descontrolado, o que gera constantes vômitos, fortes dores abdominais e diarréias. O organismo humano torna-se facilmente tolerante a essas drogas, exigindo doses cada vez maiores da substância. Se um dependente, por algum motivo, pára de tomar a droga, sofre um doloroso processo de abstinência, com náuseas, vômitos, diarréias, câimbras musculares, cólicas intestinais, lacrimejamento e corrimento nasal que podem durar de 8 a 12 dias.
Efeitos psíquicos
A heroína é uma das drogas mais prejudiciais ao corpo e a dependência química e psíquica provocada por seu uso é muitíssimo rápida. Ao injetar ou inalar a substância, o usuário fica sonolento, fora da realidade. As pupilas se contraem e as sensações são de conforto e euforia. Quando o efeito da droga passa, o usuário entra em depressão profunda, o que o leva a novas e mais fortes doses para repetir o efeito.
Uso no Brasil
O uso de heroína no Brasil é praticamente inexistente o que não deixa de ser surpreendente pois a droga passou a ser largamente cultivada nos anos 90 na Colômbia pelos produtores tradicionais de cocaína. O morfina é um pouco mais utilizada, sobretudo por profissionais com fácil acesso a droga como médicos e farmacêuticos mas mesmo assim em uma escala muito pequena se comparado a outros países.
Facilidade de obtenção | |
Custo | |
Resistência social | |
Potencial de adicção | |
Neurotoxidade | |
Hepatotoxidade |
Estes gráficos, assim como as opiniões aqui transcritas são baseadas em informações compiladas do NIDA - National Institute of Drug Abuse - USA e da livre interpretação dos autores do conteúdo deste site. Os autores procuraram se ater exclusivamente a fatos científicos e observações sociais, sem nenhum julgamento moral sobre o assunto. As drogas em geral são um assunto muito complexo, e não devem ser interpretados sob uma única ótica; Assim sendo outras opiniões são perfeitamente plausíveis.
O texto aqui apresentado é meramente informativo e a Psychemedics Brasil é uma empresa de exames para detecção de consumo de drogas que se abstêm a tomar uma posição a respeito das drogas e seus efeitos, deixando isso com os vários especialistas e suas correntes interpretativas dessa complexa questão.
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